Soneto do Tempo Novo
Chegou a chuva, nem é março,
As
folhinhas/calendários estão molhadas,
Os dias escorrem por sobre a
vidraça,
Pouco além do armário de portas quebradas.
Fez-se lodo sob o
tanque, as avencas
Descem pelos portais, samambaias
Infiltram-se em tudo,
musgos em pencas
Cobrindo as lajes, tal e qual saias.
A vida umedeceu
nas prateleiras,
Entre novelas de tevê e noites frias,
Que gelaram todos
os ossos e mentes.
Brotaram dos sapatos cogumelos:
Mas assim que
surgir um tempo novo,
Semearei minhas guardadas sementes.
(Antônio
Carlos Affonso dos Santos/ACAS)
Grato por divulgar minha poesia.
ResponderExcluirGostaria de ver uma poesia caipira minha aqui.
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Grata :)