quarta-feira, 9 de abril de 2014
Beannacht
(Benção)
No dia em que o peso amortecer-se
Sobre teus ombros e tropeçares,
Que a argila dance para equilibrar-te.
E, quando teus olhos congelarem-se
Por trás da janela cinzenta,
E o fantasma da perda chegar a ti,
Que um bando de cores
Índigo, vermelho, verde
E azul-celeste,
Venha despertar em ti
Uma campina de alegria.
Quando a vela se esfiapar no barquinho
Do pensamento, e uma coloração
De oceano escurecer abaixo de ti,
Que surja por sobre as águas
Uma trilha de luar amarelo
Para levar-te a salvo para casa.
Que o alimento da terra seja teu,
Que a claridade da luz seja tua,
Que a fluidez do oceano seja tua,
Que a proteção dos antepassados seja tua.
E, assim, que um lento vento
Teça estas palavras de amor
À tua volta, um invisível manto,
Para zelar por tua vida.
John O´Donohue
metá metá - papel sulfite
Papel Sulfite
Metá Metá
Peço que você digite num papel
sulfite
Versos convincentes
Peço que você grafite poemas de amor
Com
tinta fluorescente
Peço que você delete tudo que doeu e te deixou
doente
Não sei que bicho isso vai dar, mas peço
Vamos lá, meu bem,
experimente.
Peço que me dê abrigo
Corte meu cabelo na lua
crescente
Se você zangar comigo
Vamos ao cinema aliviar a
mente
Peço que você aplique tudo em nós dois
Nós dois daqui pra
frente
Não sei que bicho isso vai dar, mas peço
Vamos lá, meu bem,
experimente
Peço que evite olheiras
A vida é passageira, amor, não
esquente
Vamos imprimir em negrito
Tudo de bonito que marcou a
gente
Peço que compense o atraso
Se quiser, me caso agora e para
sempre
Não sei que bicho isso vai dar, mas peço
Vamos lá, meu bem,
experimente
Tudo que te peço, meço
Pra não cometer excesso
Se
ocorrer o inverso
Mil desculpas eu te peço
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