domingo, 1 de dezembro de 2013


Tempo de guavira

Dezembro chegou!
O cerrado esverdeou
E o cheiro doce da guavira toma conta do cerrado
A anta, o veado o caititu e o menino do mato
Todos andam pra lá e pra cá, guiados pelo olfato

E pra encontrar? Tem que andar? Procurar?
Ou basta sonhar? Lembrar...
Lembrar do cheiro
Do formigueiro
Do olhar trigueiro do menino mateiro

A manhã andava como caracol
Lentaaaa... mas, com um objetivo: não ter rumo certo!
O balde enchia e a barriga também
Então a mãe dizia: hora voltar pra vida real

Então os campos verdes se acinzentavam
Só os cupins continuavam, cinzas, vermelhos ou marrons
E às vezes até pretos, vestidos de carvão
Então, só restava esperar o dezembro voltar, doce e amarelo...
(Alam Tombini)

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